A Sabedoria do Gênesis – Sabedoria de Deus na Criação – cap 1

setembro 28, 2016 2 Por Juan S. Gonzalez Jimenez

Por Juan Sebastian Gonzalez Jimenez

creation

Capítulo 1
A Sabedoria de Deus na Criação

 

Provérbios 8:22-32

“22 O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, e antes de suas obras mais antigas.”

Vemos o poder de Deus, o que tem e possui Nele, todo princípio criador e todo princípio de sabedoria. No entanto, tudo se inicia como princípio conhecedor de sabedoria sobre as obras. Digamos assim, Deus possui e desde o início sempre teve o poder de fazer e de criar. Porque assim diz:

O Senhor me possuiu no princípio”.

Falando da sabedoria, desde antigamente, antes de suas obras, ou seja, antes de existir qualquer coisa criada, a sabedoria, o conhecimento e o poder de Deus já existiam. Então a eternidade de Deus sempre foi Nele. Porém, agora, estaremos falando do criado e palpável. Também vemos que “O Senhor me criou”, ou seja, a sabedoria é de Deus, Jeová, o Deus Todo Poderoso tem em si mesmo o poder criador, antes do início de qualquer manifestação de suas obras. Podemos observar que o versículo 23 diz o seguinte:

 

 

“23 Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da terra.”

 

A sabedoria é revelada como sendo o próprio projeto criador de Deus em Espírito, no qual o Verbo se manifesta e é manifestado na criação como o Príncipe de tudo o que existe, como diz a palavra:

 

“23 Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio”

 

Deus nos revela que Ele estava no princípio, começou todas as coisas, e eternamente permanecerá. Não somente é princípio, porém também é o fim. Nisto podemos observar que o Senhor tem esse principado na construção, como fazedor da criação infinita. Entretanto, também vemos a Deus no tempo finito, ou seja, quando Ele se manifesta no meio desta criação, na terra e no universo que conhecemos hoje em dia (os quais são finitos), assim também será até o final dos tempos.

 

Dizendo assim, que o projeto de Deus é antes de tudo, antes mesmo da terra. O conhecimento Dele, do realizado por Deus, como nós o enxergamos hoje, no projeto de Deus já feito, estava Nele antes do próprio projeto iniciar-se (o plano de Deus). Dizendo assim, a consciência de Deus é sempre e eternamente, desde o princípio até o fim, de todo o criado e palpável, como nós o conhecemos. É antes que existisse a terra, antes que houvesse formação terrestre e não somente disto que nós conhecemos como tangível, mas também do universo inteiro.

 

 

Diz assim o versículo 24:

 

“24 Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias d’água.”

 

“Antes de haver abismos, fui gerada”. Ainda antes que o nada existisse, quer dizer, antes mesmo que existisse um lugar para colocar alguma coisa, Deus É e seus projetos também!

 

Portanto, a sabedoria de Deus sempre existiu, porque o que nós enxergarmos como “vazio”, como “nada”, também é algo que está determinado, para conter alguma coisa criada por Deus. É parte da arquitetura de Deus. Assim, antes “do vazio”, também Deus já estava em seu poder e sabedoria, como construtor da criação.

 

Logo, a sabedoria, o conhecimento de Deus, do Espírito de Deus, do Verbo, de Jesus, sempre esteve com Deus que é o princípio de todas as coisas. Antes da formação da terra, mesmo antes dos abismos, antes que existisse um espaço sem nada, o Senhor já estava em sua sabedoria.

 

“Antes ainda de haver fontes cheias d’água.” O que está escrito se refere a construção dos céus (espirituais) e do universo. Fontes cheias d’água significam o mundo todo, todo o universo, a criação.

 

Não somente como a conhecemos hoje em dia, mas também toda a terra, os planetas ao redor do sol, incluindo todo o universo, com suas galáxias, bem como toda a criação celestial.

 

Então, águas significam o que envolve toda a existência, seja ela natural ou espiritual, seja atômica ou sobrenatural. Por isso é que diz “fontes cheias d’água” (água é toda essência e manifestação da substância da qual se fazem e se retiram todas as coisas criadas), referindo-se, por exemplo, aos versículos seis e sete de Gênesis capítulo um, quando Deus divide as águas, separando os céus e a terra; “E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.” Gênesis 1:6.

 

“Haja um firmamento no meio das águas”. Ou seja, quer dizer que houve uma separação de uma extensão geral ou plena das águas, ficando duas porções, uma em cima e outra debaixo dessa separação.

 

 

Haja separação entre águas e águas“.  Dividem-se as águas que estão em cima da primeira porção e as águas que estão abaixo, ficando duas porções em cima e duas porções em baixo. Somando ao todo quatro porções de água. Significando uma, a terra e o universo, e as outras, os três céus.

 

“Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi.” (Gênesis 1:7)

 

Significa que acima desta expansão, Deus separou as águas e as dividiu em duas. E depois fez o mesmo embaixo dessa expansão, ficando assim também duas. Somando quatro porções ou expansões de águas. O que confirma; a terra e este universo, o primeiro céu, o segundo céu e o terceiro.

 

E mais ainda em Jó:

 

“8 o que sozinho estende os céus, e anda sobre as ondas do mar; 9 o que fez a ursa, o Oriom, e as Plêiades, e as recâmaras do sul;” Jó 9:8-9

 

Deus mostra que ele é o criador de todos os céus. Ele anda e tem o controle sobre todas as manifestações e reações do criado. Ele fez as plêiades ou constelações no universo. Ademais os lugares secretos do sul significam os mistérios da sabedoria oculta em Deus de todo o criado.

 

 

“31 Podes atar as cadeias das Plêiades, ou soltar os atilhos do Órion? 32 Ou fazer sair as constelações a seu tempo, e guiar a ursa com seus filhos?” Jó 38:31-32

 

 

 

“31 Podes atar as cadeias das Plêiades?” Ele é o que tem o poder sobre os movimentos das constelações, com seus efeitos naturais, regendo-se em uma ordem pré-estabelecida por Deus.

 

“Ou soltar os atilhos do Órion?” São os diferentes fenômenos manifestos, dominados na mão de Deus, em todas as constelações dentro das galáxias.

 

 

“Ou fazer sair as constelações a seu tempo?” É o tempo finito que há na formação das estrelas. Um exemplo que Deus nos dá, é o movimento ou rotação do universo, sua mudança de posição, vista da terra, pelos nossos olhos. Significando que Ele tem o poder de colocar ou mover o universo e também de exterminá-lo. Mas ele nos ensina na simples forma dos movimentos estrelares e planetários que tem o controle sobre todas as coisas.

 

“e guiar a ursa com seus filhos?” Deus mostra o poder que Ele tem sobre a direção do universo e seu fim.

 

 

Continuando em Jó…

 

“Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o seu domínio sobre a terra?” Jó 38:33

 

É o conhecimento e poder supremo de Deus que Ele tem além do natural. A influência do espiritual sobre o natural.

 

E mais ainda…

 

“7 Ele estende o norte sobre o vazio; suspende a terra sobre o nada.” Jó 26:7

 

Ele estendeu a extremidade da criação sobre o nada e ali colocou a terra no meio do universo. Em seu eixo perfeito com respeito a criação. Movimentando-se e transladando-se, sendo ela o centro da criação de Deus.

 

O que tem vida, o homem, vê e observa a aquilo que não tem. Sendo ele o menor é o maior, porque tem vida e consciência. O universo é infinitamente maior do que o ser humano enquanto a massa e infinitamente menor enquanto a vida, pois não pensa, não vê, não escuta, não vive. E se o universo existe, se move e transforma, é para dar conforto aquele que “é primícias”; ou seja, ao homem que vive na terra. E ainda mais a nós que somos os filhos de Deus, no criador do universo, no verbo, Cristo Jesus.

 

 

Mas, ainda para confirmar o poder supremo do Deus vivo, a palavra diz:

 

“22 E ele o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e o desenrola como tenda para nela habitar. 23 E ele o que reduz a nada os príncipes, e torna em coisa vã os juízes da terra.” Isaías 40:22-23

 

Continuando com a sabedoria em Prov. 8:

 

“25 Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci,”

 

 

Os montes ou as montanhas são os lugares mais altos da terra. Se procuramos na terra um lugar alto, onde um homem possa subir e ver todas as coisas, certamente podemos imaginar um monte.

 

O lugar mais alto, no meio da cidade de Jerusalém, onde se construiu o templo, foi o monte Sião. Ali habitava Deus, pois era o ponto mais elevado em meio da Sua Cidade Santa na terra.

 

Quando a palavra de Deus se refere aos montes ou aos lugares mais altos, fala também da criação sustentada por estes, eles são os pilares da construção do universo, as elevações, as colunas de sustentação que regem tanto as coisas materiais quanto as espirituais, os poderes levantados, como as potências angelicais, o conhecimento e sabedoria manifestas.

 

 

Vemos um poder criador, formando poderes angelicais, bem como a inteligência e a natureza que nos é própria. Esta inteligência é reflexo de uma outra ainda maior, superior e divina, já implantada na formação da terra, do universo e suas reações.

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A terra tem uma resposta inteligente ao que é natural no seu próprio sistema. Há uma ciência intrínseca ao seu modo de funcionar. Falando desta, de como ela (a terra) se rege em seu sistema. Há uma manifestação inteligente em tudo aquilo que é natural, mas isso só é possível porque tem origem na inteligência divina, predisposta e conhecida desde o início, no princípio.

 

Antes dos outeiros eu nasci“.  A sabedoria é anterior aos montes, manifestação do poder de Deus no mundo. Não há lugar alto no que se refere a poder, não há nenhum lugar na existência, tão alto como os montes ou tão pequeno que não seja formado pelo poder, sabedoria e conhecimento de Deus.

 

 

“26 quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem sequer o princípio do pó do mundo.” (Provérbios)

 

A essência da matéria está na extremidade da criação, no pó; dali foi formado o homem, porém na sua formação, Deus também plantou um jardim no meio de um lugar chamado Éden. E de lá também foi expulso, uma vez que comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, ou seja, uma vez que pecou.

 

 

Adão e Eva vieram a este mundo, a este universo palpável que conhecemos. Ao nosso mundo terrestre, no lugar que hoje chamamos de “planeta terra”, a este sistema de coisas visíveis, ao mundo que também inclui o sistema solar, com os seus planetas e a todo este universo, com suas galáxias e estrelas, as quais podemos ver quando olhamos para o céu. Tudo isso abrangendo tanto o mundo natural que deixará de ser por ser corruptível, como o tempo na  existência espiritual (ou as eras) dos céus as quais também vão passar.

 

Deus fará novos céus e nova terra, como diz em Isaías:

 

“Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” Isaías 65:17

 

“Pois, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome.” Isaías 66:22

 

“26 a voz do qual abalou então a terra; mas agora tem ele prometido, dizendo: Ainda uma vez hei de abalar não só a terra, mas também o céu. 27 Ora, esta palavra – Ainda uma vez – significa a remoção das coisas abaláveis, como coisas criadas, para que permaneçam as coisas inabaláveis.” Hebreus 12