Duas Testemunhas Do Apocalipse: O Testemunho que darão

maio 2, 2013 0 Por Alan De Zoppa Maia

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[ver a primeira parte sobre este assunto]

“O SENHOR despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do SENHOR dos Exércitos, seu Deus”

Ageu 1:14

Como aqueles que libertaram Judá do cativeiro da Babilônia,  Ciro e Dario, conforme está escrito no decreto do rei Ciro:

“Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá; quem entre vós é de todo o seu povo, que suba, e o SENHOR, seu Deus, seja com ele.”

2Cr 36:23

E como quem uma vez lançou novamente a pedra de esquina para reconstrução do templo de Deus, Zorobabel e Josué, restabelecendo o fundamento do templo:

“As mãos de Zorobabel lançaram os fundamentos desta casa, elas mesmas a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou a vós outros.”

 Zc 4:9

assim também será a Obra trazida pelas duas testemunhas. Elas libertarão o povo do cativeiro da Babilônia e, ao mesmo tempo, lançarão novamente o fundamento do templo de Deus.

Ora, nós cristãos sabemos que o Templo de Deus é a Igreja e que, a Igreja, é o Corpo de Cristo. Pelo Evangelho compreendemos hoje que o Templo de Deus não é mais aqueles feitos por mãos de homens, de tijolo e de madeira, mas aquele edificado por Deus mesmo, como Ele prometeu a Davi:

“…também o SENHOR te faz saber que ele, o SENHOR, te fará casa.” 2 Sm 7:11

Se referindo também ao descendente deste:

“Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino.” 2 Sm 7:12-13

Assim então, diz a promessa de Deus ser o próprio Senhor o edificador do templo e, noutra parte da mesma profecia, o descendente de Davi.

Como pois seriam os dois? A resposta não é contraditória nessas passagens senão que une ambas num só nome: Jesus Cristo. Pois Ele é o SENHOR e ao mesmo tempo o descendente que construiria o templo eterno, como está escrito:

“…o estabelecerei para sempre o trono do seu reino”

Sabendo com isso que não se referia a Salomão e ao templo que ele edificou, mas àquele que permaneceria:

“Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo.” Jo 2:19-21

Sendo assim, eis então o templo de Deus hoje: nós em Cristo y Cristo em nós.

“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” 1Co 3:16-17

As Duas Testemunhas restabelecerão o fundamento do Templo

Como aconteceu na reedificação do templo assim será a obra das duas testemunhas em seu Senhor. Elas lançarão novamente o fundamento do templo, que é Jesus Cristo. As testemunhas O colocarão como fundamento e primícias de todas as coisas no meio do povo de Deus.

Pois deste fundamento é dito literalmente:

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.”

1Co 3:11

Atraindo toda a Igreja a se estabelecer, invocar e confiar somente no Senhor Jesus. Desfazendo assim todo misticismo que hoje impera em muitas partes do Corpo do Senhor na terra. Invenções de homens com a consciência contaminada pelas suas próprias vaidades.

Verdadeiros pop stars espirituais, que não são outra coisa senão enganadores e corruptores do Corpo Santo daquele que ressuscitou ao terceiro dia e vive pelos séculos dos séculos, o qual lhes cobrará pessoalmente todo dano causado à Sua Esposa amada: A igreja.

As testemunhas testemunharão o Senhor com tanta lucidez que fará com que as suas ovelhas venham a reconhecer nitidamente a voz do seu Pastor

“Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.”

Jo 10:26-27

Sairá o sono dos seus e despertará o povo de Deus para ser forte e ativo no Senhor, regidos novamente direto pela voz do Espírito Santo de Deus.

Nelas está a sombra do que também foi dito de Zorobabel, que havia colocado a pedra de angular do Templo e também colocaria a pedra de arremate:

“Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela! Novamente, me veio a palavra do SENHOR, dizendo: As mãos de Zorobabel lançaram os fundamentos desta casa, elas mesmas a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou a vós outros.” Zc 4:7-9

E sobre esta pedra é dito que

“a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular”

Mt 21:42

Por que reconduzirão todo o povo de Deus à cidade Santa, e ali, sobre um único fundamento.

Quando vemos o povo de Deus espalhado sobre outros fundamentos?

Quando vemos cristãos que cortaram sua comunhão com o seu Senhor, transferindo a responsabilidade para outros, àqueles que são postos como líderes e que se agradam de tal dependência, porque se fazem mediadores da comunhão dos pequeninos, por deterem em si mesmos o conhecimento direto da Palavra, apoiados pela falta do querer conhecer ao Senhor do seu povo.

Pois se intermediam algo tão nobre, podem então cobrar sobre o valor daquilo que receberam e passar de outro jeito, como um comércio, onde sobretaxam o Evangelho pelas suas cobiças, colocando leis e regras que não são do Senhor Jesus, escravizando as ovelhas que, noutro momento, foram chamadas para a liberdade em Cristo.

E estas também, por tal conforto de não precisarem ser confrontadas com o seu Senhor, pois assim muitas não querem por terem que abandonar sua condição passada do velho homem; por isso acabam aceitando esse julgo de homens, transferindo à eles também a responsabilidade até da própria salvação, como se aqueles a pudessem pagar.

Neste acordo em que as duas partes estão satisfeitas,  a consequência são multidões de cristãos que nem sequer conhecem a vontade do seu Senhor e que no entanto, usufruem das bênçãos e da presença do Espírito Santo, compartilhando aquele que é Santo com as coisas profanas do mundo. Se assentando na mesa de Cristo para cear e ao mesmo tempo na mesa de Mamóm e de outros ídolos.

Veria isso a Deus e não agiria?

Do outro lado, líderes que cada vez mais sobem suas autoridades sobre a alma dos homens, sem temor Daquele que os comprou pelo seu sangue. Roubam, matam, enriquecem as custas do sangue dos homens.

Controlam a salvação e assim, não permitem que entrem no reino dos céus os que foram chamados, como também eles mesmos não entram. A história se repete (Mt 23:13).

Porém nesse meio todo há também aqueles que são conservados por Deus. Líderes que vão tomando essa forma não porque seja sua posição, mas pela imposição dessa geração, como alguém que tentando nadar contra não suporta e vai sendo levado pela correnteza de um rio sujo.

Assim também muitas ovelhas que sem o conhecimento lúcido do seu Senhor, embriagadas por Satanás em uma geração tão difícil, acabam sendo levadas  e entristecidas com isso. São destes a bem-aventurança: “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados”

Nesse panorama é que desperta as duas testemunhas. Todo esse contexto é parte do que para Deus é o cativeiro da Babilônia. Como foi antigamente com os Judeus na época de Josué e Zorobabel na Babilônia física e na Jerusalém terrestre, assim o será nos nossos dias com a Babilônia espiritual (Apocalipe 17) e a Jerusalém celestial (Hb 21)

As testemunhas ao lançar novamente o fundamento do templo destruído, atrairão todo o povo de Deus para Cristo Jesus e em Cristo Jesus novamente. Dissolvendo e expondo ao ridículo toda invenção de homens dentro das igrejas, toda doutrina inventada por mentes carnais e escravizadas nos prazeres deste mundo, sob uma falsa capa nomeada como evangelho. Rituais e falsos poderes que não são outra coisa se não instrumentos de Satanás, que espelham sombras deste mundo e de sonhos deste mundo para dentro do templo santo de Deus.

Não será por força, nem violência, mas pelo Espírito de Deus. Através de Sua Espada: a Palavra.

Lançar novamente o fundamento, não significa tirar o que está posto por Deus e nem lançar outro, diante do qual não a outro senão que é este o único: Jesus. A Rocha de Deus em meio a criação.

Lançar novamente o fundamento significa revelá-lo em altura e profundidade, em lucidez do espírito; esmiuçar todo outro apoio em que os homens tem se apoiado como povo de Deus.

E lançar o fundamento é também, automaticamente, tirar o povo da Babilônia e reconduzi-lo a Jerusalém. Passar das fortalezas na carne, em suas paixões, para o monte de Sião, coração de Deus, para o corpo de Cristo.

A edificação do Altar virá antes dos fundamentos do Templo

Acontece que, para se lançar o fundamento da construção do templo é necessário antes reedificar o altar da Casa de Deus.

Como está escrito que foi no tempo da volta do exílio:

“(2) Levantou-se Josué, filho de Jozadaque, e seus irmãos, sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos e edificaram o altar do Deus de Israel, para sobre ele oferecerem holocaustos, como está escrito na Lei de Moisés, homem de Deus.
(3) Firmaram o altar sobre as suas bases; e, ainda que estavam sob o terror dos povos de outras terras, ofereceram sobre ele holocaustos ao SENHOR, de manhã e à tarde.
(4) Celebraram a Festa dos Tabernáculos, como está escrito, e ofereceram holocaustos diários, segundo o número ordenado para cada dia;
(5) e, depois disto, o holocausto contínuo e os sacrifícios das Festas da Lua Nova e de todas as festas fixas do SENHOR, como também os dos que traziam ofertas voluntárias ao SENHOR.
(6) Desde o primeiro dia do sétimo mês, começaram a oferecer holocaustos ao SENHOR; porém ainda não estavam postos os fundamentos do templo do SENHOR.” 

Esdras 3:2-6

E se a Casa de Deus, o Templo Dele, somos nós em Cristo e Cristo em nós, o que então seria o altar?

O Altar é onde está aceso o fogo de Deus. Onde, sobre o qual é colocado os sacrifícios de oferta para serem queimados a Deus. O altar também está diante da porta do Templo.

O altar é o coração do homem.

É ali que Deus ascende seu fogo, fogo do Espírito Santo. Ali, sobre ele ofertamos a Deus a nossa vida natural, como quando se queimava animais para sacrifício assim hoje homens e mulheres de Deus queimam suas vontades e paixões carnais em sacrifícios para Deus, por amor a Deus.

” Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.” 

Mateus 16:24-25

Ali o fogo de Deus desce. E já não deve nunca mais ser apagado, como está escrito:

“O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.” Lv 6:13

 

Para lançar novamente os fundamentos do Templo, as duas testemunhas estarão antes e, juntamente, edificando o altar de Deus nos homens.

E edificar o altar significa levantar em pedras não trabalhadas por mãos de homens um lugar para aceitação do sacrifício.

 

“Se me levantares um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois, se sobre ele manejares a tua ferramenta, profaná-lo-ás.” 

Ex 20:25

(pedras não lavradas para não profanar, significa que a obra sobre o coração é exclusiva do Espírito Santo e para Ele, não por direito, capacidade própria força ou violência)

Os sacerdotes só entravam no templo, aceitos em ofertas ao Senhor, depois de haverem feito os sacrifício que estavam no altar do lado de fora do templo.

Assim, de forma real e eterna, no verdadeiro Templo, como acontece simultaneamente com a libertação do exílio babilônico junto da reconstrução do templo, assim também, de forma conjunta, a edificação do altar :

A medida que o altar de Deus é restabelecido, então o fundamento do Templo de Deus é recolocado e o seu povo libertado do cativeiro da Babilônia.

Quando falamos da reconstrução do altar, falamos principalmente do ministério de Elias, que para que fosse destruído o altar de baal no meio do povo de Deus, juntamente com seus sacerdotes, Elias antes edificou o altar do Senhor no monte Carmelo (1 Rs 18)

Representando Elias a voz da profecia, o espírito da profecia (Ap 19:10). E assim  como sobre o ânimo de Zorobabel e Josué estavam Zacarias e Ageu profetizando enquanto aqueles reconstruíam, assim também com as duas testemunhas a reconstrução do templo, a volta das origens da Igreja em Deus, em seu poder e caráter, se dará por meio da profecia manifesta em suas bocas.

Pois no que profetizarem o altar será edificado e o templo restabelecido no seu lugar certo. (“darei as minhas duas testemunhas que profetizem…” – Ap 11:3)

A Palavra acenderá o fogo no coração do povo de Deus que, então, por si só saberá o que fazer e como atuar e se separar do mal, e se recolher para o templo do Senhor.

O mal então será desmascarado e virá com muita fúria sobre os que andarem coxeando em dois pensamentos. Homens que, ouvindo o testemunho, não se arrependerem e não se voltarem para o Senhor, lançando fora todo ídolo particular, edificado em sua mente e coração, não resistirão.

Serão arrancados para fora do templo de Deus pelo mal, no seu espírito, por que na indecisão de seus coração por Deus e pelo mundo, em seus conceitos falsos de deus no mundo, sob a falsa aparência do nome de Cristo, terão brechas em seus muros pelo qual o inimigo entrará e saqueará suas almas.

Esta será a guerra do Armagedom final. Uma investida do mal sobre o homem como nunca vista. Num deserto entre a carne e a alma.

Armagedom não será em um lugar físico simplesmente, longe de muitos homens do planeta. Mas será diante de todo homem. Diante da sua alma e coração: bem e mal em extremos! Lutando em meio a grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito (Ap 11:8). Na qual, as duas testemunhas serão mortas pela fúria da besta que ganhará mais poder pelo pecado do homem, o qual ela sugará para se fortalecer.

Finalmente chegamos aqui, no crescimento do Joio e do Trigo dentro de cada homem. E de homem para homem.

E agora o trigo será guardado no celeiro, ou seja, no templo de Deus. E o Joio lançado fora para ser queimado, a se concluir plenamente no lago de fogo.

As duas testemunhas profetizarão, e trarão o avivamento no coração dos homens e mulheres de Deus, que serão despertos para manifestação das maiores nobrezas do caráter de Deus refletido nelas. Juntamente com uma manifestação de poder nunca vistos até antão. Pois que, nas bodas do Cordeiro com sua Noiva, que se iniciou ao terceiro dia da sua ressurreição (joão 2) também o melhor vinho da festa foi guardado para o final. E será aprovado pelo Mestre-sala, por Deus Pai Todo-Poderoso.

Profetizarão e por suas bocas, através do Espírito Santo, será medido o altar, o templo e os que neles adoram:

“Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram”

Apocalipse 11:1

E  na medição, no estender da vara, da medida daquele varão – Cristo -, haverá a separação do povo de Deus para a tão esperada e já iminente volta de Cristo diante também de todo império do mal, que neste tempos oprimiram como nunca seus amados. Recebendo agora o pago que merecem, por cada lágrima e gota de sangue derramados dos pequeninos do Senhor.

Eis que Ele vem e cobrará toda injustiça, toda ferida sobre a menina dos seus olhos, que é a Sua Igreja, seu povo tão amado.

As duas testemunhas, quando acabarem o testemunho, morrerão pela força da besta, mas ressuscitarão depois de três dias e meio, deixando claro que o poder da Palavra permanecerá sobre todo império do mal, e está além do controle e atuação de Satanás. Que se torna impotente diante da Sua Palavra Santa. Eis o Verbo, eis o Sopro, eis o Fogo.

Ora vêm Senhor Jesus!