O Varão do Apocalipse: a Chave dos mistérios

outubro 31, 2008 0 Por Alan De Zoppa Maia

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Em Apocalipse 10 está escrito:

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“E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo; E tinha na sua mão um livrinho aberto. E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra. 3 E clamou com grande voz, como quando ruge um leão; e, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes. 4 E, quando os sete trovões acabaram de emitir as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões emitiram, e não o escrevas. 5 E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão ao céu, 6 E jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora; 7 Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos. …9 E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. 10 E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. 11 E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.”

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>>>Este livrinho, posteriormente entregue ao apóstolo João, se trata do Evangelho Eterno, do Evangelho do Reino (Mt 24:14). É a revelação do fim, nos sete trovões selada, e que  havia de ser profetizada  “outra vez” a muitos povos, nações, línguas e reis (vers. 11).

>>>Os “sete” trovões representam um número certo, determinado “em” Deus; número dos mistérios selados que revelam o Seu segredo, não necessariamente sete literal – pois é o  Seu número, na Sua dimensão (7) (Hb 4). Eles revelam o segredo contido na Sua Palavra,  já anunciada aos seus profetas e servos (vers.  7). Na continuação (cap.11), João recebe também uma cana semelhante a uma vara: uma medida padrão para com ela medir o templo de Deus, o altar e os que nele adoram.  Pois bem,  logo em seguida que João recebe o livrinho ele recebe também a vara por que, nesta vara, está a medida certa na qual está selado o que foi dito nos sete trovões. Ela contém a medida chave que desata os selos do segredo de Deus.

Ora, quanto ao que ela mede – o templo, o altar e os que nele adoram -, antes de continuar , devemos   ter claro do que se trata e qual o seu real significado.

O verdadeiro templo de Deus é o lugar onde está o Senhor, o principal local de Sua habitação de onde  reina o Rei dos reis, fundamento de todo o Seu Reino, do Reino dos Céus.

 

“E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram. 2 E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.”

 

 

>>>Depois do sacrifício de Jesus Cristo, o templo de Deus já não é mais o físico como antes era, em alegoria do verdadeiro que viria. No instante em que o véu dos Santos dos Santos se rasgou na consumação do Seu sacrifício (Mt 27:51), passamos a ter acesso direto a Deus, anulando toda referencia anterior do templo físico de Deus, mesmo que alegoricamente (Hb. 9:8). Deus construiu, Ele mesmo e, para si mesmo, sua habitação.

 

 

>>>Assim também, o templo que é dito para medir com a vara entregue para João, no livro de Apocalipse – tão quanto o altar e os que nele adoram -, não é mais aquele desta terra, mas sim o verdadeiro e eterno Templo: nós, filhos de Deus no Filho Unigênito.

 

 

Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus  habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o  templo de Deus, que sois vós, é santo” (1 Coríntios 3:16-17)

Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (João 14:23)

 

>>>Do mesmo modo suas medidas também já não são deste mundo físico, inteligíveis ou mensuráveis pela sabedoria humana. São espirituais, sondáveis apenas pela sabedoria do Espírito de Deus, pela sua referência de medida: “a vara” de medir entregue à João.

 

 

>>>Esse templo de João em Apocalipse 11 é o mesmo templo mostrado a Ezequiel no capítulo 40, templo que nunca foi construído por homem, e que diz respeito ao mesmo plano de Deus aos seus filhos.

 

>>>No templo de Ezequiel suas próprias medidas deixam claro que não se trata de um templo deste mundo. Suas medidas externas (e primeiras) são menores que as internas (e posteriores) e, conforme se vai entrando, elas aumentam. É como se, ao abrirmos uma caixa de fósforo, tivéssemos dentro dela uma nação inteira, literalmente.

 

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>>>Mas o que convém tratarmos aqui é sabermos que, para mensurar  esse Templo, foi dado ao apóstolo João um instrumento que contém a medida espiritual padrão – a única possível de medi-lo –, chave da revelação dos mistérios deste plano de Deus, a saber: a cana de medir, semelhante a uma “vara” – única medida possível de revelar a largura, altura e profundidade da Casa do Senhor,  lugar onde Ele está e o seu trono, de onde corre o Rio que tudo vivifica por onde passa (Ez 47; Ap. 22:1).

 

 

>>>Pois bem amados irmãos, esta medida padrão é a que libera as culminações dos tempos finais, porque é no mais interior do templo que está Deus, tão quanto as dimensões de sua manifestação e do seu poder. Culminações que manifestam tanto o poder de Deus na sua Igreja nos últimos dias, quanto o filho da perdição contra Ela. Isso tudo pela legalidade no mundo espiritual que liberará a abertura do seu conhecimento.

 

 

>>>O Poder liberado à Igreja “primeira” (dos apóstolos), como a curas de cegos, a cura de paralíticos, mortos revivendo, pessoas sendo transportadas pelo Espírito de um local à outro, manifestação de um amor e de uma sabedoria até então nunca provado pelo homem…; tudo isto foi para que testificasse o que realmente interessava: testemunhar a “Boa-Nova” do Filho de Deus, em Jesus de Nazaré: “É chegado o Reino dos Céus”.

 

 

>>>Assim também, todo poder que está para se liberar em nossos dias será para testificar a profundidade desta Boa-Nova, para que se manifeste mais do que nunca a glória do Deus Todo-Poderoso à toda criação, em seu Filho Unigênito, presente em tudo e para quem tudo existe (Cl 1:16): Jesus Cristo. Este é o Varão perfeito, a Vara da medida perfeita que contém todos os mistérios da criação.

 

 

 

O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;” (Colossenses 1:26)

“para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, 18 possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.” (Efésios 3:16)

 

…continua

 

Por Alan D Z Maia – almzm@hotmail.com